A Comissão Nacional de Eleições da Tanzânia anunciou oficialmente a vitória de Samia Suluhu Hassan nas eleições presidenciais, com cerca de 98% dos votos válidos. O resultado, divulgado nesta sexta-feira, consolida a liderança da primeira mulher a governar o país desde sua independência, em 1961.
Samia Suluhu, que assumiu o cargo em 2021 após a morte do então presidente John Magufuli, foi candidata pelo partido Chama Cha Mapinduzi (CCM), o mesmo que governa a Tanzânia há décadas. Sua reeleição reforça o domínio contínuo do partido no cenário político nacional.
🔹 Uma campanha marcada por estabilidade e críticas
Durante a campanha, Samia Suluhu destacou seus esforços em promover estabilidade política, crescimento econômico e avanços na igualdade de gênero. A presidente também ressaltou o papel da Tanzânia como potência emergente no Leste da África, com investimentos crescentes em infraestrutura e turismo.
Entretanto, a eleição não passou sem controvérsias. Partidos da oposição e observadores internacionais levantaram preocupações sobre a falta de transparência no processo eleitoral, restrições à liberdade de imprensa e suposta intimidação de opositores.
🔹 Reações e próximos passos
Em discurso após o anúncio dos resultados, Samia Suluhu agradeceu ao povo tanzaniano pela “confiança renovada” e prometeu governar “para todos os cidadãos, independentemente de suas afiliações políticas”.
“Esta vitória não é apenas minha, é da Tanzânia. Juntos, continuaremos a construir um país forte, unido e próspero”, declarou a presidente diante de milhares de apoiadores em Dodoma, capital do país.
Analistas políticos afirmam que o novo mandato de Samia Suluhu será um teste crucial para a democracia tanzaniana, especialmente diante da pressão por reformas e da necessidade de equilibrar autoridade com liberdade política.
🔹 Uma líder que quebra barreiras
Samia Suluhu Hassan já entrou para a história como a primeira mulher presidente da Tanzânia e uma das poucas líderes femininas no continente africano. Sua trajetória política inspira milhões de mulheres em todo o mundo, representando uma nova geração de liderança no continente.
Com uma vitória tão expressiva, o futuro político da Tanzânia permanece sob os holofotes internacionais — entre elogios pela continuidade e críticas sobre o grau de pluralismo democrático.
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