A 27 de novembro de 2025, o general Horta N’Ta foi oficialmente investido como Presidente de Transição da Guiné-Bissau, segundo um comunicado das Forças Armadas.
🔹 O que aconteceu
Na véspera, oficiais das Forças Armadas anunciaram que haviam removido do poder o então Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo o processo eleitoral, fechando fronteiras e assumindo “plenitude dos poderes do Estado”.
A medida foi justificada pelos militares como uma ação para "restaurar a segurança nacional e a ordem pública", após a suposta descoberta de um plano de manipulação eleitoral envolvendo políticos e traficantes de droga.
A detenção de Embaló e de outras figuras-chave — incluindo o chefe do Estado-Maior e o Ministro do Interior — foi anunciada.
🛡 O novo comandante: Horta N’Ta
Horta N’Ta foi apresentado como o novo “líder da transição”, integrando o autodenominado Alto Comando Militar para a Restauração da Ordem, que — segundo os militares — governará o país até segunda ordem.
O anúncio reforça uma tomada de poder completa, com suspensão das instituições da República e imposição de toque de recolher.
⚠️ Contexto e preocupações
A Guiné-Bissau é conhecida por sua recorrente instabilidade política — hoje, atravessa mais um dos habituais ciclos de golpes.
A comunidade internacional reage com apreensão. Por exemplo, o governo da Cabo Verde repudiou a tomada de poder militar como um desrespeito aos valores democráticos.
A suspensão das eleições e o fechamento das fronteiras agravam a incerteza sobre o futuro político, econômico e social do país.
🔍 O que está em jogo
A legitimação de um governo militar de transição levanta dúvidas sobre o retorno à ordem constitucional e à democracia.
A situação humanitária, institucional e de segurança no país está em risco — com impactos na vida quotidiana dos cidadãos.
A reação internacional e dos blocos regionais será determinante para o futuro da Guiné-Bissau.

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